quarta-feira, 14 de setembro de 2016

História da Flauta Doce

História da Flauta Doce

A Flauta Doce ou Flauta de Bisel tem sua origem nos antigos instrumentos folclóricos que ainda podem ser encontrados em diversas partes da Europa hoje. O instrumento mais antigo e completo sobrevivendo é a chamada Flauta Doce de Dordrecht datada de meados do século XIII. No século XV a flauta doce se desenvolveu e passou a ser chamada como a “flauta da renascença” que alcançou seu apogeu em meados do século XVI. Durante o século XVII foi mais usada como instrumento solo. Antes era composta de uma ou duas partes, neste século ela já era formada por três partes. Foi no período Barroco que grandes músicos passaram a compor obras  especialmente para serem executadas na Flauta Doce. Compositores como: Johann  Mattheson (1684-1764), Georg Phillip Telemann (1681-1767), Antonio Vivaldi  (1678-1741), Alessandro Scarlatti (1659-1725), Johann Sebastian Bach  (1685-1750), e outros. Depois do surgimento da orquestra clássica, os compositores procuravam instrumentos com maiores recursos dinâmicos. Assim começa o declínio da flauta doce perante a flauta transversal. Por volta de 1750 a flauta doce desaparecera do repertório dos compostires musicais. Somente no final do século XIX que alguns músicos começaram a ter contato com este instrumento novamente, através de pesquisa de músicas antigas e através de literaturas musicais existentes em museus. Entre os envolvidos no ressurgimento da flauta doce estão Cristopher Welch (1832-1915) e Canon Francis Galpin. Galpin, além de estudar este instrumento, ensinou sua família a tocá-lo. Mas foi o inglês Arnold Dolmetsch (1858-1940) que concluiu que a flauta doce só renasceria se sua reconstrução recebesse o mesmo tratamento dos demais instrumentos. O fruto de suas pesquisas lhe permitiu construir um quarteto de flautas e tocá-las com sua família em um concerto histórico no Festival Haslemere em 1926. Seu filho Carl se tornou um virtuoso no instrumento e elevou-o a um nível de alta interpretação. Esse conjunto de flautas feitos por Arnold Dolmetsch, foram copiadas e produzidas em série na Alemanha, onde se tornaram muito populares. Em 1935 Edgar Hunt introduzia o ensino de flauta doce nas escolas primárias inglesas, e em 1937 foi fundada a “Society of Recorder Player”. Aos poucos a flauta doce ressurgia e os compositores começaram a escrever para o instrumento. Com o aumento do número de grandes intérpretes a flauta doce se tornou um instrumento de pesquisa e técnicas alternativas de execução. Hoje em dia as flautas doces fabricadas possuem um som mais suave do que as flautas do século XVIII nas quais elas ao baseadas. Temos também hoje, a produção em série de flautas de plástico a partir de cópias de originais como, por exemplo, as japonesas Yamaha,  Aulus e Zen-on, além de uma série de edições modernas facsímiles e edições antigas e manunscritos editados na Europa.  Modelos de Flauta Doce: FIFE, SOPRANINO, SOPRANO, CONTRALTO, TENOR, BAIXO e GRANDE BAIXO.

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