História da Flauta Doce
A Flauta Doce ou Flauta de Bisel tem sua origem nos antigos
instrumentos folclóricos que ainda podem ser encontrados em diversas
partes da Europa hoje. O instrumento mais antigo e completo sobrevivendo
é a chamada Flauta Doce de Dordrecht datada de meados do século XIII.
No século XV a flauta doce se desenvolveu e passou a ser chamada como a
“flauta da renascença” que alcançou seu apogeu em meados do século XVI.
Durante o século XVII foi mais usada como instrumento solo. Antes era
composta de uma ou duas partes, neste século ela já era formada por três
partes. Foi no período Barroco que grandes músicos passaram a compor
obras especialmente para serem executadas na Flauta Doce. Compositores
como: Johann Mattheson (1684-1764), Georg Phillip Telemann (1681-1767),
Antonio Vivaldi (1678-1741), Alessandro Scarlatti (1659-1725), Johann
Sebastian Bach (1685-1750), e outros. Depois do surgimento da orquestra
clássica, os compositores procuravam instrumentos com maiores recursos
dinâmicos. Assim começa o declínio da flauta
doce perante a flauta transversal. Por volta de 1750 a flauta doce
desaparecera do repertório dos compostires musicais. Somente no final do
século XIX que alguns músicos começaram a ter contato com este
instrumento novamente, através de pesquisa de músicas antigas e através
de literaturas musicais existentes em museus. Entre os envolvidos no
ressurgimento da flauta doce estão Cristopher Welch (1832-1915) e Canon
Francis Galpin. Galpin, além de estudar este instrumento, ensinou sua
família a tocá-lo. Mas foi o inglês Arnold Dolmetsch (1858-1940) que
concluiu que a flauta doce só renasceria se sua reconstrução recebesse o
mesmo tratamento dos demais instrumentos. O fruto de suas pesquisas lhe
permitiu construir um quarteto de flautas e tocá-las com sua família em
um concerto histórico no Festival Haslemere em 1926. Seu filho Carl se
tornou um virtuoso no instrumento e elevou-o a um nível de alta
interpretação. Esse conjunto de flautas feitos por Arnold Dolmetsch,
foram copiadas e produzidas em série na Alemanha, onde se tornaram muito
populares. Em 1935 Edgar Hunt introduzia o ensino de flauta doce nas
escolas primárias inglesas, e em 1937 foi fundada a “Society of Recorder
Player”. Aos poucos a flauta doce ressurgia e os compositores começaram
a escrever para o instrumento. Com o aumento do número de grandes
intérpretes a flauta doce se tornou um instrumento de pesquisa e
técnicas alternativas de execução. Hoje em dia as flautas doces
fabricadas possuem um som mais suave do que as flautas do século XVIII
nas quais elas ao baseadas. Temos também hoje, a produção em série de
flautas de plástico a partir de cópias de originais como, por exemplo,
as japonesas Yamaha, Aulus e Zen-on, além de uma série de edições
modernas facsímiles e edições antigas e manunscritos editados na
Europa. Modelos de Flauta Doce: FIFE, SOPRANINO, SOPRANO, CONTRALTO,
TENOR, BAIXO e GRANDE BAIXO.
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